01 nov 2019 Esdras DESTAQUE (notícias em destaque), EBD, Estudo Bíblico, Notícias
Texto Áureo: “Então, todos os anciãos de Israel se congregaram, e vieram a Samuel, a Ramá, e disseram-lhe: Eis que já estás velho, e teus filhos não andam pelos teus caminhos; constitui-nos, pois, agora, um rei sobre nós, para que ele nos julgue, como o têm todas as nações.” (1 Sm 8.4,5)
Leitura Bíblica em Classe: 1 Samuel 8.4-7; 1 Samuel 10.1-7
Introdução:
Essa instituição da monarquia em Israel envolve um quadro de grande indignação, tanto para Samuel, como principalmente para Deus. Israel na sua insensível decisão de exigir um Rei que os governassem estava mostrando uma grande ingratidão para com Deus esquecendo-se de tudo que Ele fez por eles desde a libertação do Egito, até introduzi-los na terra prometida. Esse é exemplo negativo que mostra que muitos só querem Deus quando precisam dele, mas quando acha que já podem traçar os seus próprios caminhos, o rejeitam. É notório que ao longo dos tempos foram criados várias instituições religiosas, seja seitas, ou evangélicas que adotaram os seus próprios dogmas para exercerem governos eclesiásticos de uma forma ditatorial não para pastorear o povo, mas para domina-lo. Vemos que muitos desses lideres estão mais para Rei do que para pastores, pois exercem esse domínio demonstrando terem uma consciência cauterizada voltada a objetivos exploratórios, não para o bem do povo, mas para o bem de si próprio.
1 – A transição da Teocracia para a Monarquia foi abreviada por exigência do povo.
1 Samuel 8.4- Então, todos os anciãos de Israel se congregaram, e vieram a Samuel, a Ramá, 1 Samuel 8.5- e disseram-lhe: Eis que já estás velho, e teus filhos não andam pelos teus caminhos; constitui-nos, pois, agora, um rei sobre nós, para que ele nos julgue, como o têm todas as nações.
A instituição da monarquia em Israel, conforme está registrado em Deuteronômio cap. 14, já estava nos planos de Deus para que isso viesse a acontecer após se estabelecerem na terra prometida. Em Juízes 8.22 houve uma tentativa do povo de se anteciparem aos planos de Deus, quando pediram a Gideão que fosse o seu governante, mas este retrucou contrariamente dizendo que era o Senhor que estaria no governo. Entendemos nesse estudo que o tempo para a instituição da monarquia, ainda não havia chegado e quando se tenta forçar a antecipação de planos de Deus, os resultados não serão em hipótese alguma satisfatórios.
2 – Na exigência do povo pela monarquia, eles ignoraram que estavam rejeitando a Deus.
1 Samuel 8.6 – Porém essa palavra pareceu mal aos olhos de Samuel, quando disseram: Dá-nos um rei, para que nos julgue. E Samuel orou ao SENHOR.
Fica claro que nesse caso eles não se atreveram a escolher um Rei, mas pediram que Deus fizesse essa escolha. Israel, não generalizando, pois sempre havia os fiéis remanescentes, sempre se caracterizou como um povo de dura cerviz, sempre demonstrando serem ingratos com Deus, quando a situação deles era próspera. Temos o exemplo do Egito, que quando os governantes eram benevolentes com eles, não havia qualquer sinal de intencionarem sair dali. Mas com o tempo os governantes mudaram assumindo outros não tão benevolentes que os colocaram em regime de escravidão e nessa condição eles se lembraram do Senhor clamando por libertação. No período de Juízes também o povo faziam o que bem entendiam e o pior é que se voltaram a deuses pagãos e com isso provocando o único Deus a quem deviam adoração. Assim o ciclo deles era: pecado, castigo, arrependimento, libertação. Quando Deus levantava um juiz para libertá-los e liderar, e a situação se normalizava, eles voltam a pecar novamente. Essa é uma prática de muitos que se dizem cristãos. O cristão de verdade sempre se mantém fiel a Deus, tanto na adversidade, como na prosperidade.
3 – A rejeição ao governo de Deus é coisa de um povo dominado por espírito faccioso.
1 Samuel 8.7- E disse o SENHOR a Samuel: Ouve a voz do povo em tudo quanto te disser, pois não te tem rejeitado a ti; antes, a mim me tem rejeitado, para eu não reinar sobre ele.
O que estava implicando e causando indignação, era a atitude facciosa que eles estavam demonstrando, atitude essa que não era do agrado de Deus. Essa atitude facciosa significa que estava sendo criado um movimento contra um poder estabelecido, poder esse que era exercido pelo regime Teocrático, ou seja, o governo de Deus. Quem vai contra Deus, não pode esperar dEle algo que venha segundo o seu coração e certamente sofrerão as consequências dos seus atos.
4 – O espírito faccioso do povo levou Deus a escolher um rei segundo o coração deles.
1 Samuel 10.1 – Então, tomou Samuel um vaso de azeite, e lho derramou sobre a cabeça, e o beijou, e disse: Porventura, te não tem ungido o SENHOR por capitão sobre a sua herdade?
Embora Saul não fosse uma escolha segundo o coração de Deus, por vontade permissiva e não soberana, ele deveria passar pelo ritual da unção assegurando a origem divina e a instituição do seu ofício com Rei de Israel. A partir daí, ele passou a ter responsabilidade diante de Deus, porquanto foi do Senhor que recebeu essa missão de reinar sobre Israel. Nessa missão de responsabilidade diante de toda nação de Israel foi profetizado bênçãos sobre ele, como também para o povo que estaria sob o seu reinado. O prenúncio de que Saul não seria um bom rei estava no fato de que ele cuidava dos jumentos do seu pai, ao contrário de dois grandes líderes de Israel, Moisés e Davi que eram pastores de ovelhas. Líderes que não estão na vontade soberana de Deus, certamente acabam sendo uma decepção, pois na realidade muitos se fazem líderes sem serem chamados pelo Senhor.
5 – O rei embora sendo segundo o coração do povo iria contar com as bênçãos de Deus.
1 Samuel 10.2- Partindo-te hoje de mim, acharás dois homens junto ao sepulcro de Raquel, no termo de Benjamim, em Zelza, os quais te dirão: Acharam-se as jumentas que foste buscar, e eis que já o teu pai deixou o negócio das jumentas e anda aflito por causa de vós, dizendo: Que farei eu por meu filho? 1 Samuel 10.3- E, quando dali passares mais adiante e chegares ao carvalho de Tabor, ali te encontrarão três homens, que vão subindo a Deus a Betel: um levando três cabritos, o outro, três bolos de pão, e o outro, um odre de vinho. 1 Samuel 10.4- E te perguntarão como estás e te darão dois pães, que tomarás da sua mão. 1 Samuel 10.5- Então, virás ao outeiro de Deus, onde está a guarnição dos filisteus; e há de ser que, entrando ali na cidade, encontrarás um rancho de profetas que descem do alto e trazem diante de si saltérios, e tambores, e flautas, e harpas; e profetizará
Para garantir a promessa de que Deus era com Saul, Samuel forneceu três sinais para comprovar que esta palavra era mesmo do próprio Senhor. O primeiro sinal foi o encontro com dois homens que indicaram onde encontrar as jumentas e também sobre o seu pai que estava aflito com a sua ausência. Isso mostra que a providência divina estava ao seu favor. O segundo sinal foi o encontro com alguns homens onde tres deles levando três cabritos, três bolos de pão, um odre de vinho, lhe dariam dois pães que Saul deveria aceitar. Isso mostra que a provisão divina estaria presente no seu reinado através dos tributos pagos pelo povo. O terceiro sinal foi que ao entrar na cidade encontraria um rancho de profetas. Isso mostra que Saul deveria dar ouvidos aos profetas que são mensageiros de Deus para transmitir instruções a ele e ao povo, entre outras coisas, também que adorassem e louvassem ao Senhor em todo o tempo.
6 – As bênçãos de Deus que acompanharia o rei, também iria incluir o fator espiritual.
1 Samuel 10.6 – E o Espírito do SENHOR se apode-rará de ti, e profetizarás com eles e te mudarás em outro homem. 1 Samuel 10.7- E há de ser que, quando estes sinais te vierem, faze o que achar a tua mão, porque Deus é contigo.
Deus providenciou para Saul uma experiência sobrenatural que se fosse mantida a vinda do Espírito Santo sobre ele de uma forma específica lhe traria outros benefícios para um reinado vitorioso. Seria fortalecido com a presença do Espírito Santo, para dar inicio a fase de libertação total do jugo imposto pelos filisteus que predominavam como uma força superior a Israel. O reino que estava assumindo teria que ser totalmente independente diante de outras nações, principalmente a dos filisteus. Saul a principio até que demonstrou uma regeneração espiritual, mas que não perdurou por muito tempo. Mas como muitos, até em nossos tempos começam bem, mas não tem uma vocação perseverante para manter uma espiritualidade em pleno desenvolvimento, e dai vem o fracasso em prejuízo do povo que lidera.
Elaborado pelo Pastor Adilson Guilhermel
Site: pastorguilhermel.com.br
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São Vicente – São Paulo – Brasil
Imagem: https://www.portalebd.org.br/classes/adultos/4570-licao-5-a-instituicao-da-monarquia-em-israel-v