Então é Natal! O mês de dezembro chegou e as lojas, praças e casas aparecem enfeitadas – neste ano um pouco mais tímidas as decorações. O Natal é uma das datas mais importantes do cristianismo, o nascimento de Jesus, o Cristo, nosso Senhor.
Contudo, essa é uma data que precisa ser celebrada com entusiasmo, assim como foi em Belém há mais de dois mil anos (“Pois, na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor” – Lucas: 2,11).
Natal é a boa nova do nascimento de Jesus, pois, de acordo com as Escrituras Sagradas, é o cumprimento de um plano traçado para a eternidade. A celebração é a consumação da mensagem dos profetas e a realização da expectativa dos Santos em todas às épocas. Natal é a resposta de oração dos irmãos do Antigo Testamento.
Natal é a encarnação do Verbo de Deus, que se fez homem e habitou entre nós. É Deus vestindo pele humana. É Deus, como diria João, que “tabercularizou” (habitou) entre nós – Filipenses: 2,8. Natal é Jesus sendo apresentado como o Salvador do mundo, o Messias prometido, a Revelação em carne e osso, o Senhor soberano do universo, o projeto personificado e é Deus se fazendo homem e o eterno entrando no tempo.
Mas essa festa tem um grave problema, pois transformamos o Natal naquilo que ela não deveria ser, pois a popularização e a secularização se multiplicam e deixamos de comemorar o Natal de Jesus para celebrar o Natal sem Jesus, com direito a Papai Noel, trenó, rena, guirlanda, árvore, presépio e adereços com as estampas do “bom velhinho”.
Porém, vale lembrar que Natal não é apenas uma data, porque, de fato, Jesus não nasceu no dia 25 de dezembro. É quase impossível descobrir a dia que o Mestre veio ao mundo, pois existe diferença nos calendários usados entre ocidente e oriente.
A tradição da árvore de Natal não possui relação com o Cristianismo e pode ser encontrado nas histórias relacionadas a Ninrode, construtor da torre de Babel, e adoração a Ísis, uma deusa egípcia, e outras divindades mitológicas. O Papai Noel é uma caricatura do padre Nicolau, bispo católico de Mira, na Ásia Menor, no século IV d.C.
O Natal não é permissão para o consumismo deliberado ou a celebração do consumo. As compras e vendas, as listas de desejos e as comilanças substituíram o verdadeiro sentido da festa trocando-a por ideologias capitalistas e campanhas publicitárias. É Jesus que nasce, mas quem é lembrado é o Papai-Noel. São os presentes que ganham mais destaques do que o nascimento do redentor.
Todavia, o Natal deve ser comemorado? Sim. Mas, o verdadeiro, porque Natal é Jesus. O verdadeiro Natal traz glória a Deus no céu, paz na terra entre os homens e boas novas de grande alegria à humanidade. O verdadeiro Natal foi celebrado com efusiva alegria no céu e na terra. Portanto, prossigamos em celebrar o nascimento do nosso glorioso Salvador! Qual você vai celebrar este ano? Aquele com Papai Noel, árvore, consumismo e outras coisas ou a celebração de Jesus Cristo, o nosso Senhor e Salvador.
O Autor:
Esdras Domingos da Silva é presbítero da Assembleia de Deus – Belém – Campo de Limeira, em Artur Nogueira. Ele é jornalista, bacharel em teologia pelo CETAD e UNAR e especializado em gestão ambiental pela Faculdade Anhanguera. Esdras é um dos responsáveis pelo site da IEAD Belém e professor no CETAD.