12 jun 2021 Esdras Conselho Matrimonial, DESTAQUE (notícias em destaque), Notícias
O apóstolo Paulo, ao escrever em uma de suas cartas, disse que o amor tudo sofre, crê, espera e suporta (I Coríntio: 13,7). Mas, será que esse sentimento consegue vencer a pandemia? Seria essa atitude mais forte que o coronavírus? A expressão máxima das emoções subjugaria o isolamento?
Após quase um ano e meio de luta contra o Covid-19 e dois dias dos namorados (2020 e 2021) sem muita graça, os casais buscam na resiliência o desejo para manter vivos os seus relacionamentos.
O jornalista e presbítero da IEAD – Belém – Campo de Limeira Esdras Domingos conversou com o pastor da Assembleia de Deus (Ministério Ipiranga), sociólogo, bacharel em teologia e palestrante, Silvio Donizeti Fortunato, de Artur Nogueira. A entrevista dele foi publicada no Jornal da Cidade de Holambra (JC Holambra), no dia 11 de junho de 2021 (https://www.jcholambra.com/post/amor-mais-forte-que-a-pandemia-ser%C3%A1).
O portal da IEAD traz as respostas do pastor e sociólogo para uma reflexão neste Dia dos Namorados.
O que faz um casal ser feliz?
Silvio: A felicidade é algo esperado em um relacionamento, acredito que o que faz um casal ser feliz seja: O Amor mútuo e verdadeiro.
Os conceitos de adaptação e resiliência nunca foram tão falados como agora. Quais os efeitos da pandemia no relacionamento?
Sílvio: Certamente que a Pandemia veio para provar muitos relacionamentos. Para alguns se tornou um tempo de aproximação, resgate de valores deixados no decorrer do relacionamento: Como diálogo. Para outros relacionamentos têm sido desgastante e motivos de brigas, esfriamento na relação e até separação.
É possível o amor resistir ao Coronavírus?
Sílvio: Sim com Certeza. É nesse tempo que à possibilidade dos relacionamentos se fortalecerem e superarem as incertezas causadas pelo Coronavírus, através do amor e parceria entre o casal.
O isolamento social acabou se tornando um grande desafio para os casais de namorados, devido ao distanciamento social. Como reduzir os impactos?
Sílvio: Hoje temos várias maneiras de diminuir os impactos, através rede sociais, App que têm capacidade de aproximar quem está longe através da tecnologia. E com isso trazer esperança e “sobrevivência” ao relacionamento.
Sílvio: O isolamento é contrário à natureza do ser humano, e pode ter seus efeitos negativos uma vez que o ser humano não foi criado para viver isolado. Quando homem e mulher vivem nessas condições de isolamento isso pode afetar e atrapalhar diretamente o relacionamento. Por outro lado pode se tornar um momento de aproximação e superação uma vez que é um momento de inovar e enfrentar juntos esse momento desafiador em que os casais estão enfrentando.
É possível se apaixonar à distância e manter o amor à distância? Como?
Sílvio: Certamente que sim. O ser humano é o único ser criado por Deus que pode mudar adaptar- se mediante situações diferentes de seu cotidiano
Após um ano de pandemia, principalmente no momento em que o Brasil passa pela possível terceira onda do coronavírus, o que a continuação do isolamento social representa para os jovens casais?
Silvio: Os casais mais jovens geralmente têm menos experiências no âmbito conjugal, todavia nesse período muitos tem visto no isolamento a oportunidade de enfrentarem juntos esse período e assim valorizar o relacionamento. É um momento de crescimento com possibilidade de amadurecimento para o jovem casal.
Como o estresse durante a pandemia têm se refletido nas relações?
Sílvio: O índice de violência têm aumentado de maneira assustadora nesse tempo de Pandemia, as relações tem sido afetadas diretamente deixando lacunas irreparáveis como: Traumas, Depressão, Traições e Divórcios
Como lidar com as manias “chatas” do relacionamento?
Sílvio: No relacionamento não é encontrar a pessoa certa, mas sim ser você a pessoa certa. Superar as diferenças é fundamental para manutenção do relacionamento.
Diante de um mundo com tantas intolerâncias e nervos a flor da pele, como preservar o relacionamento?
Silvio: Diálogo é uma ferramenta extremamente valiosa no relacionamento, na verdade um relacionamento depende diretamente do diálogo para a sua sobrevivência.
É possível manter um relacionamento duradouro mesmo com tantos apelos de vida feliz do outro lado do muro?
Sílvio: Certamente que sim. O amor e a confiança mútua traz equilíbrio para o casal e blindagem para a manutenção do relacionamento
Qual a importância de criar coisas e objetivos comuns independe da vida individualizada profissional e pessoal?
Sílvio: A participação de ambos na construção de um relacionamento sólido com foco e objetivos são bases importantes e que podem definir e garantir o sucesso do relacionamento.
Até que ponto deve se ceder a vontade do outro?
Silvio: Para a manutenção do relacionamento ambos devem entender que o mais importante é o amor e quando amor ambos sabe onde e quando devem ceder para o equilíbrio e harmonia do casal.
Como o casal faz para conciliar o amor e a rejeição da família ao relacionamento?
Sílvio: Certamente que o amor é a base essencial na vida de um casal, quando falta essa característica certamente faltará “vida” para esse relacionamento levando a frieza e a indiferença causando a falência.
O que é mais verdadeiro: Alma gêmea ou os opostos se atraem?
Sílvio: Não existe relacionamento perfeito. Acredito que os opostos se atraem é na diferença que a possibilidade de crescimento e aprendizado.
Como melhorar ou salvar o relacionamento?
Sílvio: O amor é a “alma” do casamento e quando ele vem a faltar, o casal perde a sua essência, prazer e desejo de continuar juntos. A rotina pode ser um problema para o relacionamento, a criatividade pode ser o remédio um divisor de águas para o casal.