25 out 2019 Esdras DESTAQUE (notícias em destaque), EBD, Estudo Bíblico, Notícias
Texto Áureo: “E disse-lhes: Por que fazeis tais coisas? Porque ouço de todo este povo os vossos malefícios.” (1 Sm 2.23)
Leitura Bíblica em Classe: 1 Samuel 2.22-25; 3.10-14
Introdução: A degeneração de uma liderança sacerdotal sempre irá acontecer se essa liderança não exercer o seu papel com imparcialidade absoluta e rigor punitivo necessário, mesmo sendo seus próprios filhos. Essa era a situação do sacerdote Eli em relação aos seus filhos que eram escandalosamente profanos provocando a ira do Senhor nos seus ofícios como sacerdotes. A situação degradante dos filhos de Eli, já não era mais caso de uma simples reprimenda, pois o que eles faziam exigia-se uma atitude mais drástica para com eles. A dureza da disciplina se fazia necessária, pois os pecados voluntários cometidos por esses dois sacerdotes, era caso de expulsão imediata por parte de Eli e por motivos paternais não teve a coragem de agir nesse sentido. O fracasso e Elei e a sua omissão em disciplinar os seus filhos fez com que Deus se voltasse contra ele colocando a sua casa numa situação irreversível. Quem quer servir a Deus, que procure servir com fidelidade e obediência, para não ser achado em falta.
1 – Quando o pecado jaz a porta e conselhos não resolvem é preciso atitude.
1 Samuel 2.22 – Era, porém, Eli já muito velho e ouvia tudo quanto seus filhos faziam a todo o Israel e de como se deitavam com as mulheres que em bandos se ajuntavam à porta da tenda da congregação.
Educar os filhos no conhecimento de Deus através da lei e prepará-los para servir ao Senhor em ofício que exige consagração e santificação e com o decorrer do tempo ver os filhos se comportarem contrariamente ao que aprenderam é algo frustrante. Conhecer muito sobre Deus teoricamente falando, mas não conhecer ao Senhor de nada vai adiantar, pois o que conhece no sentido teórico certamente usará para tirar proveito de situações de uma forma descontrolada. Quantos ministros e mesmo seus próprios filhos estão nessa situação deplorável que já chegaram a um ponto irreversível. Alguns usam a sua suposta autoridade para se aproveitar de mulheres incautas até mesmo com abusos sexuais e depois vão pregar contra o pecado no púlpito sem qualquer temor e tremor de Deus (O que usa de engano não ficará dentro da minha casa; o que fala mentiras não estará firme perante os meus olhos. Salmos 101:7).
2 – Quando se perde o domínio sobre o transgressor dificilmente o retomará.
1 Samuel 2.23- E disse-lhes: Por que fazeis tais coisas? Porque ouço de todo este povo os vossos malefícios. 1 Samuel 2.24 – Não, filhos meus, porque não é boa fama esta que ouço; fazeis transgredir o povo do SENHOR.
É necessário que os pais ensinem a criança no caminho que deve andar, para que depois de crescer não venham se desviar dele. Isso é realmente importante, pois a maioria dos filhos quando crescem acabam seguindo os conselhos que receberam o que trás uma grande satisfação aos pais. Muitos pais falham pela falta de autoridade e uma moderada severidade acaba no transcorrer do tempo perdendo o domínio sobre os filhos e depois que isso acontece dificilmente esse domínio é retomado. Deus incumbiu os pais de ensinar aos filhos os valores mais essenciais, por meio da disciplina constante, a qual não pode ser negligenciada, para que não venham a sofrer mais tarde as suas consequências. (E vós, pais, não provoqueis à ira a vossos filhos, mas criai-os na doutrina e admoestação do Senhor. Efésios 6:4).
3 – Quando o julgamento de Deus é desprezado o rigor do juízo será terrível.
1 Samuel 2.25 – Pecando homem contra homem, os juízes o julgarão; pecando, porém, o homem contra o SENHOR, quem rogará por ele? Mas não ouviram a voz de seu pai, porque o SENHOR os queria matar.
A bíblia diz para honrar o pai e a mãe, para que se prolonguem os seus dias na terra que o Senhor teu Deus te dá, pois no próprio mandamento já exorta sobre o que acontece se houver obediência para uma reflexão do que pode acontecer, se isso não for obedecido. Agora pecar contra Deus como fizeram os filhos de Eli profanando o santuário com os estrupo, como também profanando nos sacrifícios, era algo considerado abominável aos olhos de Deus. Desse modo se escudando no seu ofício sacerdotal sentiam seguros para praticar as suas abominações, não tendo alguém que pudesse julgá-los, de modo que só restava a Deus julgá-los com rigor juízo. (Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo. Hebreus 10.31).
4 – Deus usa como seu mensageiro aquele que tem uma disposição obediente.
1 Samuel 3.10 – Então, veio o SENHOR, e ali esteve, e chamou como das outras vezes: Samuel, Samuel. E disse Samuel: Fala, porque o teu servo ouve.
A obediência e a atenção à voz de comando de Deus é algo que lhe é aprazível, pois é isso que Ele espera de todos os que se dispõe a servi-lo e mais ainda se tratando de uma criança. Podemos dizer que quando Deus não encontra um adulto que lhe seja obediente, Ele pode usar uma criança que tenha essa disposição. Dada às circunstâncias nocivas em que se encontravam os que serviam no tabernáculo havia uma necessidade prioritária em levantar um profeta mesmo sendo um infante, para entregar uma mensagem de juízo contra a casa de Eli, já revelando a transição que haveria de ser executada para colocar ordem na Sua casa. (Mas a pessoa que fizer alguma coisa temerariamente, quer seja dos naturais quer dos estrangeiros, injuria ao Senhor; tal pessoa será extirpada do meio do seu povo. Números 15:30).
5 – Deus não faz coisa alguma sem revelar o seu plano aos seus servos, os profetas.
1 Samuel 3.11- E disse o SENHOR a Samuel: Eis aqui vou eu a fazer uma coisa em Israel, a qual todo o que ouvir lhe tinirão ambas as orelhas. 1 Samuel 3.12- Naquele mesmo dia, suscitarei contra Eli tudo quanto tenho falado contra a sua casa; começá-lo-ei e acabá-lo-ei.
Deus executa juízos com intenções de restauração, mas nem sempre é possível. Deus usa os seus profetas para advertir o infrator antes de executar os seus juízos, pois as suas advertências e julgamentos andam juntos e são dadas através de profetas eleitos para que não haja enganos. Acontece que nem todos dão ouvidos aos profetas que o Senhor levanta e os juízos serão inevitáveis como foi com Eli e os seus dois filhos. Israel sempre foi um povo de dura cerviz e nem sempre davam ouvidos às advertências divinas vinda pela boca dos Seus profetas, daí vieram vários juízos sobre eles e mesmo assim não se redimiam. (“E, pela manhã cedo, se levantaram e saíram ao deserto de Tecoa; e, saindo pôs-se em pé Josafá e disse: ouve-me, ó Judá e vós moradores de Jerusalém: crede nos seus profetas e prosperareis.” 2 crônicas 20;20).
7 – Deus é com os que lhe dão ouvido e quem não lhe atende não ficarão impunes.
1 Samuel 3.13 – Porque já eu lhe fiz saber que julgarei a sua casa para sempre, pela iniquidade que ele bem conhecia, porque, fazendo-se os seus filhos execráveis, não os repreendeu. 1 Samuel 3.14- Portanto, jurei à casa de Eli que nunca jamais será expiada a iniquidade da casa de Eli com sacrifício nem com oferta de manjares.
Deus não tem o culpado por inocente e impôs sobre Eli o fracasso da sua casa não cumprir as responsabilidades sacerdotais, pois ele sabia que os seus filhos blasfemavam contra Ele, contudo não os repreendia. É comum os pais sem noção acobertarem os filhos nas suas condutas repreensíveis diante de Deus, não se dando conta dos juízos que podem vir sobre si. Um líder cristão que tem filhos ou parentes com ofícios na obra de Deus, não pode acobertar erros de quem quer que seja, pois irá responder se o fizer e terá que acertar contas com o Senhor. Deus é misericordioso, mas também é fogo consumidor. Quando um líder não impõe a sua autoridade sobre os filhos e não usa da disciplina necessária, na realidade está prejudicando-os ainda mais. (Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência. Depois, havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte. Tiago 1:14,15).
Elaborado pelo Pastor Adilson Guilhermel
Site: pastorguilhermel.com.br
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Foto/reprodução: https://sub-ebd.blogspot.com/2019/10/licao-4-degeneracao-da-lideranca-sacerdotal.html